E foi no ano passado que começamos a nos despedir do Coelho da Páscoa, como vocês podem ler no post: “Páscoa: não consegui matar o coelho... com uma cajadada só!!”.
E eu confesso, apesar de também achar fofíssimo a caça aos ovos e tudo mais, mantemos o empenho de resgatar o real significado de datas como a Páscoa e o Natal, desencorajar o consumismo e, de preferência, reduzir (impossível eliminar?!) o consumo de doces por aqui, que já acontece só nos fins de semana!
Pois é! Ano passado Coelho deixou uma cartinha se despedindo... E aí??
Aí que eu achei que estava tudo resolvido: Coelho despediu, Coelho não vai passar! Pronto!
E...?
E aí que a filha mais velha, em plena fase do interesse em escrevinhar todas as coisas, escreveu uma carta pro bichinho peludo! E colocou uns três dias antes da Páscoa, a carta pro Coelho, lá, na sala, e me contou que deixaria, junto, uma cenoura!
E eu? Lembrei-a que o coelho disse que não passaria mais!
Ela? Me lembrou que ele tinha dito que ele não ia passar porque as crianças não sabiam mais o significado da Páscoa, e que como ela já sabia o significado, ele podia passar! E insistiu nisso veementemente. Estava convicta que ele passaria!
Eu? Fui ler a tal cartinha...


Nem pedido, nem referência a ovos... Apenas contava que eles haviam aprendido o real significado da Páscoa!!!
E aí, claro, quase chegou a dar um peso na consciência!
O que fazer? Ignorar a cartinha e a cenoura? Marido, que nem é muito ligado a essas comemorações, ficou aqui, me pressionando, pedindo solução!...
Ele: Mas nem um docinho?
Eu: (Brava!) Não, docinho não! Do que adianta? É muita contradição!
Ele: Mas nem um recadinho?
Eu: (Com a falta de paciência de quem queria mesmo matar o tal Coelho!) Ué, então você escreve! ...
E confesso, fui dormir!
E ele escreveu, a cartinha aí debaixo!

O resultado? Coelho passou, comeu a cenoura, levou as cartinhas e deixou Helena super feliz por ter deixado uma resposta! (Achei que marido arrasou! Rsss)
A nossa Páscoa?Agradecemos em oração no café da manhã coisas boas que a Páscoa nos ensina, vimos juntos um filminho sobre isso, confeitamos e compartilhamos, com toda a família, um ovinho de 250g que eu comprei de uma amiga, com o objetivo de nos lembrar que Páscoa é partilhar...(E como!!! Rsss... Deu um mísero pedacinho pra cada um, confesso que até eu fiquei com vontade de comer mais! Rssss)...
Almoçamos em família, e ok, a Tia Flávia promoveu uma divertida caça a alguns docinhos que ela fez, com direito a saquinho de uva junto, pra mamãe aqui não ficar muito brava... Palavras dela: “mas tem coisa saudável junto!” Rsss... E os meninos se divertiram, com isso, e muito mais com a companhia dos primos!
E não tivemos reclamações nem exigências da falta de ovos do coelho, da não rendição pelos ovos caros, de personagens e brinquedos...
Se tivemos uma Páscoa menos divertida que as da minha infância? Ah, não acredito nisso não!
O Coelho? Continuou vivo, como símbolo da Páscoa, com direito a pintura e orelhas! Acho que até dá pra deixar o bichinho vivo assim, né?!
